Agrícola

Notícia publicada segunda-feira 06 julho 2015

Empresa projeta unidade industrial em Palmeira e busca 600 produtores de ora-pro-nobis

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Com projeção de rendimento de até R$ 3 mil mensais por hectare cultivado, a Pereskia acuelata, mais conhecida como ora-pro-nobis, pode ser uma interessante alternativa de cultivo e renda para a agricultura familiar. A planta tem incentivo extra para ser adotada pelos agricultores de Palmeira e região, uma vez que a empresa Proteios Nutrição Funcional tem intenção de instalar no Distrito Industrial uma unidade de produção de Complemento Nutricional Funcional (CNF), que tem as folhas da planta como matéria prima.

AQ empresa vem negociando com a Prefeitura de Palmeira incentivos para a instalação de sua unidade industrial. Além da área no Distrito Industrial, também trata de incentivos fiscais para viabilizar o projeto, segundo informaram diretores da Proteios. Recentemente, o prefeito Edir Havrechaki (PSC) conversou com diretores da empresa em São Paulo, durante feira de alimentação funcional realizada na capital paulista.

Para informar e esclarecer agricultores familiares, a empresa promoveu reunião na segunda-feira (6), na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Palmeira. Cerca de 50 agricultores ouviram os relatos de diretores da empresa e puderam tirar dúvidas quanto ao cultivo e comercialização da planta da biodiversidade brasileira, rica em proteínas, que desde 2005 vem sendo utilizada pela empresa para a produção do CNF.

O diretor de planejamento da Proteios, Rubens Rabczuk, disse que a empresa busca a adesão, até o final do mês de setembro, de 600 agricultores da região ao cultivo da ora-pro-nobis, número que garante o fornecimento de matéria prima para a futura unidade industrial de Palmeira. Viabilizando a produção será possível investir na industrialização, com investimento na unidade local de fabricação do CNF, segundo Rabczuk.

Além de buscar agricultores para garantir sua matéria prima, a empresa tem parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para pesquisas e desenvolvimento. “A Embrapa

A Proteios também tem apoio do Banco do Brasil como agente financeiro para o custeio do cultivo da planta pela agricultura familiar, segundo informado na reunião em Palmeira.

Valores

Para a produção de um quilo de CNF, são necessários oito quilos de folhas da planta. A empresa, hoje, paga R$ 1,50 pelo quilo ao agricultor. Mas as folhas desidratadas têm preço melhor, de R$ 18,00 por quilo. Com isto, há o incentivo para os agricultores formarem grupos ou mesmo cooperativa para aquisição de equipamento de secagem com o que é possível agregar valor às folhas da planta, de acordo com Ronaldo Tavares, diretor financeiro da Proteios.

O coordenador da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar no Brasil (Fetraf-Brasil), Marcos Rochinski, presente à reunião, afirmou que a desidratação das folhas do ora-pro-nobis representa maior rendimento para o agricultor. Já o coordenador da Fetraf-Sul, Vilmar Sergiki, confirmou que a formação de cooperativa de produtores reduz custos com equipamentos que podem atender um número maior de agricultores.

Ora pro nobis reunião STRP 1