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Notícia publicada terça-feira 29 novembro 2016

Avião UTI do Governo do Paraná já atendeu mil pacientes

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Desde que entrou em operação, em janeiro de 2014, o avião UTI do Serviço Aeromédico do Governo do Paraná já realizou mil atendimentos. A marca foi atingida no fim da tarde desta segunda-feira (28), com o transporte de uma criança internada em Ponta Grossa e que necessitava ser transferida com urgência para Campo Largo.
O governador Beto Richa afirma que o número expressivo de atendimentos em tão pouco tempo demonstra a importância do serviço para os paranaenses. “São milhares de vidas que estão sendo salvas. Isso tudo graças à frota de aviões e helicópteros que colocamos à disposição da saúde. Uma estratégia que deu certo e será ampliada”, destacou.
Além do avião UTI, a área da saúde conta hoje com mais três helicópteros de resgate baseados em Cascavel, Maringá e Curitiba. Na próxima quinta-feira (1º), um novo helicóptero entra em funcionamento na região Norte, com base em Londrina. Há ainda a frota aérea da Casa Militar, que geralmente é utilizada para o transporte de órgãos e equipes médicas.
Richa lembra que até 2010 era necessária autorização expressa do governador para a liberação de aeronaves em missões da saúde. “Quando assumi, umas das primeiras medidas que adotei foi dar prioridade absoluta ao transporte de pacientes e órgãos a serem transplantados. São atitudes como esta que colocam o Paraná na vanguarda da saúde pública brasileira”, ressaltou.
Desafio Diário

Para se ter ideia, de 2014 pra cá, o avião UTI do Serviço Aeromédico foi acionado em média pelo menos uma vez por dia. Há ocasiões, como nesta segunda-feira (28), que em menos de 24 horas a aeronave fez até três transportes de pacientes, vindos do Interior ou de outros Estados do país.
De acordo com a médica do avião UTI, Vivianne Santos, cada dia de plantão na base em Curitiba é um desafio diferente. “Hoje, por exemplo, fomos a Paranavaí, Campo Mourão e Ponta Grossa atender pacientes com quadros clínicos distintos. Pessoas que correriam sérios riscos se fossem transportadas por via terrestre”, disse.
A maior parte das missões áreas são dedicadas à transferência de pacientes graves que necessitam de suporte especializado, como recém-nascidos, vítimas de infarto ou queimaduras intensas. O destino mais frequente são os hospitais de Curitiba e Região Metropolitana, bem como os de Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e Pato Branco.
O comandante da aeronave, Sebastian Edo, conta que ao longo desses dois anos já fez mais de 300 missões aéreas da saúde. “É muito gratificante. Estamos contribuindo para a sobrevivência de crianças, adultos e idosos que passam por uma situação difícil, mas que tem chances de melhora graças a este trabalho”, declarou.
Agilidade

O paciente número mil do avião UTI foi o pequeno Patrick da Silva Santos, de apenas sete meses de vida. Ele estava internado no Hospital Regional Universitário dos Campos Gerais, em Ponta Grossa, por causa de uma broncopneumonia. Após uma bateria de exames, foi constatada também a suspeita de uma síndrome neurológica que estava afetando seu desenvolvimento motor.
A fim de uma melhor avaliação, Patrick deveria ser transferido para o Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo. Imediatamente, a Central de Regulação Estadual foi acionada e em menos de uma hora o avião já estava a caminho de Ponta Grossa.
Acompanhado de sua mãe Irene Rendes da Silva Santos, Patrick veio de avião a Curitiba e depois foi transportado de ambulância para Campo Largo. O menino deve ficar em observação na UTI pediátrica do hospital infantil e depois passará por uma nova bateria de exames para determinar o diagnóstico definitivo.
Moradora do município de Cândido de Abreu, Irene relata que nunca imaginou que seu filho fosse transferido de avião para outro hospital. “Fiquei surpresa e um pouco com medo, porque nunca havia entrado em um avião. Ainda bem que deu tudo certo, a médica ficou do lado do meu filho o tempo todo e agora é torcer para que ele melhore”, disse a mãe, que vive na área rural da cidade.
Serviço

O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, explica que a organização do Serviço Aeromédico no Estado está encurtando distâncias, agilizando o atendimento e aumentando as chances de sobrevivência dos pacientes. “Nossas aeronaves cobrem todo o território paranaense. Com isso, pudemos reduzir o tempo de resposta às ocorrências e diminuir o número de mortes evitáveis”, afirmou.
Em alguns casos, o Governo do Paraná também atua na repatriação de cidadãos paranaenses internados em hospitais de outros Estados. “Já diversas vezes deslocamos nosso avião UTI para São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais e até Tocantins em atendimento a paranaenses que estavam em situações críticas de saúde e precisavam voltar ao nosso Estado”, detalhou o secretário.
Somando toda a frota aérea disponível para a saúde, já são quase 6 mil atendimentos nos últimos seis anos. Tudo isso envolve operações de resgate, transferência de pacientes, transporte de órgãos e de equipes médicas.

Foto: Venilton Küchler/SESA