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Notícia publicada segunda-feira 17 setembro 2018

Estreia hoje no CEDAG o espetáculo “Menestrel conta a imigração no Paraná”

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Palmeira recebe nos dias 17 e 18 de setembro quatro apresentações do espetáculo de teatro de sombras “Menestrel conta a imigração no Paraná”  no Teatro do auditório do Colégio Estadual Dom Alberto Gonçalves, com entrada franca e acessibilidade para surdos. No dia 17 haverá sessão às 15h30 e no dia 18, às 9h e às 10h30 para alunos de escolas públicas. No dia 17, às 19h30 haverá uma sessão também gratuita, dirigida à comunidade. O espetáculo é aprovado pelo Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet e está sendo levado à Palmeira através do apoio da Caminhos do Paraná, do BRDE, da Belgotex e da Secretaria Municipal de Cultura, Patrimônio Histórico, Turismo e Relações Públicas.

“Menestrel conta a imigração no Paraná” mostra como grupos de diversas etnias contribuíram na formação cultural do Paraná, trazendo para cá suas tradições, crenças, trejeitos, modos de produção e sabedoria popular, fazendo com que o estado criasse uma identidade marcada pela diversidade cultural.

O diretor do espetáculo, Marcello Andrade, reforça que o Paraná é um “caldeirão de culturas”, onde o trabalho e a cooperação entre as diversas etnias forjou uma identidade própria, um jeito único de estar no mundo. “Ao redor da mesa no almoço de domingo, no café da manhã na casa dos avós ou nas celebrações religiosas, certamente o paranaense já escutou a respeito da epopeia de seus avós, bisavós e tataravós que vieram de outras regiões”, assinala.

A saga é contada a partir da magia do teatro de sombras, conduzida por atores, menestréis e saltimbancos. “Cada criança ou adulto da plateia, certamente identificará a sua própria família e viajará num carroção mágico pelos caminhos de seus ancestrais”.

A pesquisa que gerou o roteiro é do historiador Paulo Afonso de Castro e passa por elementos como o fandango, essência da cultura caiçara, a congada da Lapa preservada pelos negros há mais de 300 anos, a presença dos índios guarani, caigangue, xetá e xoklengue que aqui já viviam. O espetáculo ainda recria e relembra elementos arquitetônicos, como os lambrequins poloneses dos casarões de madeira, os tambores e artes marciais japonesas, as danças folclóricas germânicas e italianas, a culinária revelada pelo sabor das massas, dos doces, das bebidas, dos aromas e memórias transmitidas com carinho e zelo, de geração a geração.

Ao final do espetáculo, artistas da Companhia Karagozwk permanecerão no palco para um bate-papo com o público, mostrando os bastidores e técnicas do teatro de sombras.