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Notícia publicada sábado 01 abril 2017

Audiência pública na Alep discute sobre a reforma da Previdência Social

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Deputados, senadores e líderes sindicais se reuniram na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na sexta-feira (31) para debater a proposta de reforma da Previdência Social, que tramita em Brasília. As alterações previstas na PEC nº 287/2016 impactam diretamente nas regras para aposentadoria de milhares de trabalhadores. Centenas de pessoas lotaram o Plenário do Legislativo estadual para acompanhar as discussões.

Segundo o deputado estadual Requião Filho (PMDB), um dos proponentes da audiência pública, os debates promovidos em todo o país dão a oportunidade para que os brasileiros conheçam realmente o que está sendo proposto pelo governo federal. “Esse é um assunto que afeta a todos os brasileiros. Precisamos trabalhar com fatos e não com versões e são muitas as versões apresentadas sobre esse assunto. Hoje estamos apresentando fatos para que o povo do Paraná saiba o que está de fato acontecendo”.

Reforma

Um dos convidados para debater o tema foi o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que garantiu que a proposta de reforma, da forma como está, não será aprovada no Senado Federal. “O que se pretende não é uma reforma, é uma deformação. No Congresso Nacional essa proposta não passa mais. O governo vai ter que recuar. Não tem mais como sustentar essa bobagem que prejudica os trabalhadores brasileiros. Não é hora de reforma. Nós estamos em recessão. É hora de estimularmos a criação de trabalho. No mundo inteiro as crises foram enfrentadas com grandes investimentos públicos. Nós estamos na contramão de tudo”, emendou.

Financiamento

Quem também participou da audiência pública foi a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que explicou que o financiamento da Previdência Social não é feito apenas com a contribuição patronal e dos empregados. Outras contribuições também compõem o orçamento da Seguridade Social e têm garantido um superávit no conjunto dos últimos anos. “Além da Desvinculação das Receitas da União (DRU), o que o governo está computando para aumentar esse déficit ou dizer que tem déficit é a previdência própria dos servidores públicos. Você não pode pôr na seguridade o custo da previdência própria. São quase R$ 90 bilhões. Aí é óbvio que vai ter resultado negativo. O governo está manipulando números para tentar justificar uma reforma que vai fazer mal às pessoas e ao Brasil”, completou.

Novo debate

O tema da reforma previdenciária no Brasil voltará a ser debatido em outra audiência pública na Assembleia Legislativa na próxima terça-feira (4), a partir das 10 horas, no Plenarinho da Casa. De acordo com os deputados Evandro Araújo (PSC) e Marcio Pacheco (PPL), proponentes do evento, a ideia é aprimorar o debate, dirimir dúvidas e expor para a população quais serão as mudanças impostas pelo Projeto de Emenda Constitucional287/2016, demonstrando os seus reflexos para os trabalhadores contribuintes dos diversos regimes previdenciários.

Legenda da foto:  Debate sobre a reforma da Previdência movimentou a Alep na manhã da sexta-feira (31).

Foto: Pedro de Oliveira/Alep