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Notícia publicada quarta-feira 25 fevereiro 2015

Trecho de rodovia de Palmeira é bloqueado em manifestação

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A manifestação dos caminhoneiros, iniciada em vários pontos do país na semana passada, chegou a Palmeira na quarta-feira (25). O trânsito de caminhões na PR 151, em frente os Ginásio de Esportes Sebastião Amâncio, até a ligação com a rua Dom Alberto Gonçalves, ficou bloqueado por  cerca de oito horas.

Além de protestarem contra o aumento no preço de combustíveis, no Paraná a categoria também protesta contra os altos preços dos pedágios e os tributos sobre o transporte, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), por exemplo. Outros itens também estavam sendo reivindicados.

Os caminhoneiros que tentaram passar no trecho bloqueado tiveram que estacionar seus caminhões nas proximidades e aderir ao protesto. Veículos leves e ônibus de passageiros foram liberados para passar por um desvio em uma das pistas, enquanto na outra mão puderam seguir pelo trajeto normal.

Acordo

Representantes do governo e de caminhoneiros chegaram a um acordo após realizarem uma reunião no Ministério dos Transportes, que durou a tarde e parte da noite de quarta-feira (25). Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, que participou da reunião, a proposta apresentada pelo governo foi acatada pelos representantes da categoria presentes à mesa de negociação.

Pela proposta, o governo promete sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro e criar, por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, uma tabela referencial de frete. Nesse item, os representantes dos caminhoneiros pediram que o governo atue na mediação com os empresários.

O presidente da CNTA considerou que o acordo trouxe ganhos históricos para a categoria. Segundo Diumar Bueno, os caminhoneiros tiveram conquistas efetivas na mesa de negociação. “Diante da gravidade em que se encontra o país neste momento, nós pedimos a sensibilidade dos caminhoneiros de liberar as rodovias pelas conquistas que tiveram aqui”, disse Diumar, ressaltando, no entanto, que não poderia garantir o fim dos bloqueios.

O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, ressaltou, após a assinatura do acordo, que ele só será cumprido sob a condição do fim dos protestos. “Só vai ser cumprido o que nós combinamos na hora em que forem liberadas as estradas”, ressaltou.