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Notícia publicada quarta-feira 09 dezembro 2015

“Dia D” de Combate ao Aedes aegypti acontece nesta quarta-feira

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Nesta quarta-feira (9) acontece o “Dia D” de Combate ao Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. A parceria é realizada em parceria entre o Governo do Estado com as prefeituras. A mobilização pretende chamar a atenção da população sobre a importância de manter casas e quintais livres de criadouros do mosquito, sobretudo por conta da tríplice ameaça de epidemia.

Atualmente, 294 municípios do Paraná são considerados infestados pelo Aedes aegypti e correm risco de registrar casos de dengue, chikungunya e zika. Em Palmeira, na primeira metade de 2015, foram encontradas larvas de Aedes Aegypti no Centro, próximo a praça Marechal Floriano Peixoto, e no bairro do Rocio. O fato deixou a Vigilância em Saúde Municipal em alerta para combater o mosquito.

“Nossa luta é contra o mosquito. Por isso convocamos a população a fazer a sua parte e eliminar todo e qualquer objeto que possa acumular água e se tornar um potencial foco do mosquito”, destacou o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.

A programação desta quarta-feira envolve ações educativas em ruas e praças, palestras em unidades de saúde, passeatas, carreatas, mutirões de limpeza, blitze com distribuição de materiais informativos, concursos culturais e intervenções artísticas, entre outras atividades em vários municípios do Paraná.

Perigo

Em diversas cidades, equipes de saúde também vão passar de casa em casa para orientar os moradores sobre os potenciais criadouros do mosquito. “Muita gente lembra de cuidar dos vasos e pratos de plantas, mas vemos que o maior problema hoje é o lixo, como aquele copo plástico ou garrafa pet jogados no quintal”, ressalta a chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.

Atualmente, quase metade dos criadouros encontrados pelas equipes de saúde durante as inspeções de rotina é considerado lixo ou material reciclável. “O mosquito prefere depositar seus ovos em locais secos, mas precisa da água para que o seu ciclo de reprodução esteja completo. Desta forma, temos que eliminar a água parada, mesmo que seja em uma simples tampa de garrafa”, completou Belmonte.

Há ainda os criadouros naturais, como as bromélias e os ocos de árvore, e os escondidos, como calhas entupidas e bandejas externas de geladeira. Todos esses pontos de risco estão listados no check-list de combate ao mosquito, que será distribuído à população durante o Dia D.

Boletim

De acordo com o boletim da dengue, divulgado na terça-feira (8), 754 casos da doença foram confirmados no Paraná desde agosto deste ano. Pelo menos duas cidades já estão em situação de epidemia: Guaraci e Santa Isabel do Oeste. Até o momento, a maior parte dos casos foi registrada em Paranaguá (113), Londrina (106) e Foz do Iguaçu (104).

O relatório traz ainda informações sobre a situação da zika e da febre chikungunya no Estado. Desde o início do ano, apenas dois pacientes tiveram diagnóstico comprovado de zika no Paraná. Trata-se de um casal de moradores de São Miguel do Iguaçu, que apresentaram sintomas em maio, foram tratados e passam bem. Existem também outros cinco casos importados, de paranaenses que se infectaram no nordeste do País e foram tratados no Estado.

Quanto à febre chikungunya, a Secretaria Estadual da Saúde confirmou também nesta terça-feira a ocorrência do primeiro caso autóctone da doença no Paraná. O paciente, morador de Mandaguari, não tinha histórico de viagem para outras regiões e se infectou no território do Paraná. Desde o ano passado, 18 casos importados de chikungunya já haviam sido confirmados no Estado.