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Notícia publicada quarta-feira 01 março 2017

Paraná firma parceria com instituto para produção de soro

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A equipe de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria de Estado da Saúde coletou mais de 3,5 mil lagartas do gênero Lonomia, em Cruz Machado, região Centro-Sul do Paraná. Os insetos recolhidos foram enviados ao Instituto Butantan, em São Paulo, e contribuirão para a produção de até 15 mil frascos do soro antilonômico, utilizado no tratamento dos acidentes causados pela própria lagarta.

“Desde 1989, monitoramos a ocorrência da Lonomia em todo o Estado. Esse trabalho é feito em parceria com as equipes de vigilância dos municípios, que realizam coletas periódicas em suas regiões, principalmente nos meses de primavera e verão, quando são mais incidentes”, conta o biólogo da secretaria estadual, Emanuel Marques.
Lagarta

A Lonomia, conhecida também como oruga, taturana ou lagarta de fogo, foi identificada em vários estados brasileiros. No entanto, é mais comum encontrá-la na região sul do país. No Paraná, já foi confirmada sua presença em 126 municípios. Até o momento, somente as regiões de Maringá, Paranavaí e Cornélio Procópio não possuem registro do inseto.
Essa lagarta tem coloração marrom esverdeada, possui cerdas ou espinhos em forma de ‘pinheirinhos’ e manchas brancas no formato da letra U no dorso e mede aproximadamente sete centímetros de comprimento. Em geral, vivem em grupos em partes baixas de troncos de árvores e são mais comuns no meio rural, eventualmente podem surgir em áreas urbanas.
“Os espinhos da lonomia contêm uma toxina que pode causar acidentes de leve, moderada ou grave intensidade. Dependendo da quantidade de veneno, o sangue fica incoagulável, levando a uma hemorragia que se não tratada pode causar a morte do paciente em até quatro dias”, explica Marques.
Prevenção

Para evitar acidentes ao caminhar por áreas de mata é importante olhar atentamente para as folhas e troncos das árvores e verificar a presença de folhas roídas, casulos e fezes de lagartas. O biólogo também recomenda a utilização luvas para manipular árvores frutíferas ou em atividades de jardinagem.


Fotos: Sesa