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Notícia publicada terça-feira 14 julho 2015

Parte de telhado de prédio histórico da rua 15 de Novembro desaba

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Parte do telhado de um prédio histórico de Palmeira, localizado na rua 15 de Novembro, desabou na manhã desta terça-feira (14). A casa é inabitada e ninguém estava no local na hora do incidente, apesar de uma família morar em uma construção anexa, no mesmo terreno.

A casa edificada em 1923 está com a estrutura bastante danificada há anos e mais partes do prédio podem desabar. Os fortes ventos e as pancadas de chuvas ocorridas nos últimos dias ajudaram a acelerar o processo de destruição do local.

O Corpo de Bombeiros foi até o local no período da manhã, logo após o desabamento, para realizar uma vistoria técnica-profissional.

Patrimônio

O prédio localizado na rua 15 de Novembro é tombado pela Curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. O tombamento é identificado no processo n°003/00, inscrição n°151, do Livro do Tombo Histórico, datado de 21 de setembro de 2004.

A casa foi edificada em 1923 pelo Coronel Diogo Antônio de Freitas para servir como moradia de sua filha Emília. É uma construção de madeira completada por varanda em arcada de alvenaria de tijolo.

Destaca-se exteriormente a cobertura, com o cruzamento de cumeeiras, detalhe arquitetônico chamado pelos antigos construtores de “espigão cruzado”. É nítida a influência do imigrante do norte da Europa na composição da casa, particularmente, na adoção de uma cobertura com forte inclinação, que permitiu o aproveitamento do sótão para a instalação dos quartos de dormir.

Tombados

Outros sete prédios de Palmeira são tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado: a arquibancada de madeira do Estádio João Chede, a capela de Nossa Senhora das Pedras, a casa sede da Fazenda Cancela, a ponte de pedra sobre o rio dos Papagaios, o prédio da Antiga Coletoria, onde hoje funciona a Escola Municipal Imaculada Conceição, o Solar de Jesuíno Marcondes de Oliveira Sá, onde atualmente se encontra o Museu Histórico, e o Solar do Mandaçaia, que desabou há alguns anos e está em ruínas.