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Notícia publicada sexta-feira 27 janeiro 2017

Professores estaduais não descartam nova greve no Paraná

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A reunião realizada na sexta-feira (27) entre representantes do governo do Paraná e da APP-Sindicato, entidade que representa os professores do estado, terminou sem um meio-termo entre os dois lados.

Do lado do executivo, o secretário-chefe da Casa Civil defendeu que não haverá recuo em relação aos termos da resolução 113. A medida altera critérios da distribuição das aulas extraordinárias e reduz a hora-atividade. Já os trabalhadores informaram que uma assembleia marcada para o próximo dia 11 de fevereiro deverá deliberar sobre o assunto. Eles não descartaram a possibilidade de uma nova greve.

“O governo discutiu essa medida por mais de quatro meses em um comitê de política salarial formado por seis secretários. Foram ouvidos os chefes de núcleo, boa parte dos diretores do Paraná. Vamos implantar essa nova regulação e não podemos voltar atrás”, disse Valdir Rossoni logo após o encontro com os professores.

Durante o encontro, Rossoni foi taxativo sobre como o governo agirá caso a categoria opte pela paralisação. “Se tiver greve, a caneta já está na pronta para descontar [os dias parados]”.

A fala foi alvo de protestos feitos, principalmente, pelo professor Hermes Leão, que ressaltou o direito constitucional de greve. Leão, aliás, não descartou uma paralisação em função das novas regras. “Temos a assembleia no dia 11 de fevereiro em Maringá e a categoria é soberana. Há um conjunto de itens legais que está sendo descumprido por essa resolução. A greve nunca é descartada quando há um impasse”.

Foto: Raphael Marchiori