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Notícia publicada domingo 18 setembro 2016

Seminário debate modernização do cultivo da erva-mate

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Representantes de toda a cadeia nacional da erva-mate participarão, em Curitiba, de 5 a 7 de outubro, para discutir a modernização do cultivo da planta e a diversificação do uso do produto. O seminário Erva-Mate XXI será realizado pelo Instituto Emater, pertencente à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, pela Embrapa Florestas, PUC-PR, Ibramate, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná e Instituto de Florestas do Paraná.
Segundo o engenheiro agrônomo Amauri Ferreira Pinto, coordenador estadual do projeto Madeira, da Emater, a erva-mate, que já é bastante consumida em estados do Sul do Brasil, além de Argentina, Uruguai e Paraguai, começa a ser também introduzida no mercado mundial, especialmente nos Estados Unidos e Europa, como matéria-prima para a elaboração de bebidas, remédios, cosméticos e suplementos alimentares.
“O objetivo do evento é colocar para o debate estudos científicos que inovam a forma de se fazer o cultivo e diversificam o uso do produto. São trabalhos que podem desafiar as organizações ligadas a esta cadeia produtiva a planejar estratégias para uma inserção mais agressiva nesse negócio, levando em conta a conjuntura atual do Mercosul e ainda o potencial de crescimento do consumo em outras partes do mundo”, diz Amauri.

Principal produto
A erva-mate foi importante para o desenvolvimento de muitos municípios do Sul do Brasil. É o principal produto não madeireiro do agronegócio da região. Segundo o IBGE, em 2013, o País colheu cerca de 515 mil toneladas do produto, cultivado numa área de 67 mil hectares. O Rio Grande do Sul é o principal produtor, com 265 mil toneladas colhidas anualmente, seguido do Paraná com 195 mil toneladas. Segundo Amauri, o setor, que já passou por um ciclo de prosperidade, viveu um período de estagnação, com a queda nos investimentos e desenvolvimento de tecnologias, agora mostra uma reação positiva. “Tem um potencial de expansão, mas precisa evoluir na forma de manejo dos ervais e de beneficiamento da matéria-prima”, afirma ele.

Consumo
O extensionista da Emater explica que 80% da safra nacional de erva-mate são destinados para o consumo interno, basicamente como chimarrão, apenas 4% na forma de chás e outros usos. No Paraná, a planta é encontrada em 151 municípios, concentrados na região Centro-Sul. O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura, apurou que em 2013 a cultura gerou uma receita bruta de R$419 milhões para os produtores paranaenses. A colheita sai de ervais nativos ou plantados, principalmente de pequenas e médias propriedades.