Polí­tica

Notícia publicada quarta-feira 20 janeiro 2016

Entidade representativa de prefeitos quer prorrogação de mandatos até 2018

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A União Brasileira dos Municípios (UBAM), entidade representativa de prefeitos de todo o país, anunciou que vai propor, através da bancada municipalista no Congresso, a prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos até 2018, e a realização de eleições gerais daqui a dois anos. A alegação é de que diante das crises econômica e política, não faz sentido promover eleições em 2016.

O presidente da UBAM, Leonardo Santana, avalia que a prorrogação evitaria “gastos exorbitantes” em um momento de crise. Segundo o dirigente, o gasto estimado com as eleições deste ano pode ultrapassar R$ 2 bilhões, recursos que deveriam ser destinados à saúde e ao combate à pobreza. “Pra se ter uma idéia dos gastos desnecessários com uma eleição, em 2012, o custo das eleições para prefeito e vereador foi o mais alto da história do país, com um total de R$ 597 milhões, incluindo primeiro e segundo turno, contra os R$ 480 milhões que foram consumidos nas eleições de 2010, para presidente, governador, senador e deputado federal e estadual, ou seja: R$ 117 milhões a mais foram gastos. Isso é um absurdo”, critica.

“Tomando por base dados do TSE, em 26 capitais brasileiras, os candidatos a prefeitos gastaram R$ 1,25 bilhão. Já em 2010, os gastos declarados pelos candidatos a governador dos 26 estados e do Distrito Federal somaram R$ 735 milhões”, afirma Santana. “O Brasil não suporta mais a realização de uma eleição a cada dois anos, por isso defendo eleições gerais em 2018”, sustenta ele.

Equívoco

O prefeito de Palmeira, Edir Havrechaki (PSC), por sua vez, não concorda com a tese do presidente da UBAM pela prorrogação dos mandatos dos prefeitos por mais dois anos. Ele afirma que “o processo democrático deve seguir sem intervenções, não existe justificativa para privar o povo de escolher seus governantes e também de se colocar como postulante ao governo. Qualquer tentativa de barrar as eleições e estender os mandatos do executivo e legislativo municipal, sim, seria um equívoco. Somos uma democracia jovem que precisa ser fortalecida e consolidada”, avalia Havrechaki.