Principal

Notícia publicada sexta-feira 29 agosto 2014

Comissão de sindicância vai apurar suspeita de irregularidades financeiras na Câmara

Gostou, compartilhe

Uma comissão formada por três funcionários da Câmara Municipal de Palmeira terá 15 dias para apurar suspeitas de irregularidades em lançamento contábeis e financeiros. Isto está explícito em portaria do Legislativo publicada no Diário Oficial dos Municípios do Paraná, em sua edição eletrônica de sexta-feira (29).

A portaria, datada do dia 28 de agosto, é assinada pelo presidente da Câmara, vereador Fabiano Cassanta (PR), diz que “a suposta inconsistência apontada nos lançamentos contábeis junto à instituição financeira responsável pela conta desta Câmara; entende que se faz necessária a instauração de “sindicância” visando sedimentar as informações e apurar as responsabilidades individuais”.

A sindicância, segundo a portaria, deve ser feita em “caráter sigiloso”, com o objetivo de “apurar indícios de suposta infração ao Regime Jurídico Único dos Servidores Municipais de Palmeira, bem como demais leis e normas correspondentes às responsabilidades dos servidores públicos municipais e aos princípios da Administração Pública”. Constatadas irregularidades, o caso pode ser remetido à Justiça.

Segundo a portaria, foram nomeados como membros da comissão de sindicância os servidores Anna Carolina Amorim da Costa, procuradora da Câmara Municipal, Edson Gil Santos Junior, diretor executivo, e Flaviana Zarpelon Almeida de Sousa, assessora, sendo que a comissão será presidida pela primeira.

A Caixa Econômica Federal é a instituição financeira onde estão concentradas as contas da Câmara Municipal de Palmeira. A movimentação de valores, inclusive, pode ser feita por meio eletrônico, através de senha específica.

De acordo com Cassanta, a instauração da sindicância foi motivada por erros apontados por servidores e um dos vereadores, que perceberam diferenças em seus salários. Segundo ele, as diferenças relatadas não foram substanciosas e já foram sanadas, mas estes fatos isolados fizeram com que ele solicitasse à Controladoria Geral do Município que investigasse supostas irregularidades. “Entendi que, como foram relatados mais de um erro com a folha de pagamento, medidas deveriam ser tomadas para que estas situações não se repetissem”, disse ele.

O presidente da Câmara informou que a resposta da Controladoria apontou outras supostas divergências, que em um primeiro momento serão investigadas por uma sindicância e que em um prazo máximo de até 30 dias emitirá um parecer para indicar de maneira consistente a possibilidade de irregularidades.

Cassanta disse, ainda, que uma empresa de auditoria será contratada na primeira quinzena de setembro para paralelamente aos trabalhos da sindicância fazer uma varredura nas transações contábeis e financeiras da Câmara, para confirmar ou não a existência de irregularidades. “Se constatado qualquer ato ilícito, acionaremos o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado do Paraná para que sejam tomadas as medidas cabíveis para o ressarcimento do dinheiro público, bem como, de acordo com a lei, a devida punição ao servidor responsável”, completou o presidente do Legislativo.

Exoneração

Portaria da Câmara Municipal publicada na quinta-feira (28) no Diário Oficial dos Municípios do Paraná dá publicidade à exoneração da contadora Giseli Gremski Vida do cargo em comissão de Diretora Financeira do Legislativo, “a pedido”, segundo consta da portaria que também é assinada pelo presidente, vereador Fabiano Cassanta.

Contatada pela Gazeta, a contadora afirmou que seu pedido de exoneração do cargo não tem relação com a instauração da comissão de sindicância. Disse que é importante que se apurem eventuais suspeitas de irregularidades e que apoia a ação da comissão.