A construção do Aeroporto Internacional dos Campos Gerais, em uma área com tamanho de 50 alqueires, localizada no município de Palmeira, ganha novo capítulo, visto que a Companhia Aeroportuária dos Campos Gerais (CACG) solicitou ao Instituo Ambiental do Paraná (IAP) a emissão de licença prévia para implantação do sítio aeroportuário, empreendimento com custo estimado em R$ 3,5 bilhões.

Segundo informações da CACG, o IAP manifestou-se favoravelmente ao Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), solicitando, entretanto, alguns ajustes no mesmo, que já estão sendo providenciados. Com isto, a companhia fez a solicitação de emissão de licença prévia, a fim de avançar nos trâmites legais de licenciamento ambiental. Assim que for emitida a licença prévia pelo órgão ambiental, o próximo passo é a solicitação de licença de instalação.

A área prevista está localizada entre duas rodovias, a PR 151 e a BR 376, na divisa com o município de Ponta Grossa. O aeroporto ficará localizado, segundo o projeto, a oito quilômetros da cidade de Palmeira e a 17 quilômetros de Ponta Grossa. Os acessos ao aeroporto e demais estruturas serão pelas duas rodovias. O da PR 151 estará localizado pouco antes da ponte sobre o rio Caniú, sentido Palmeira-Ponta Grossa.

O projeto do aeroporto está sendo gerenciado pela empresa Planair Engenharia, que tem como principal responsável técnico o arquiteto e engenheiro de segurança Edison Morozowski. Foi ele quem coordenou em Palmeira a apresentação do projeto à comunidade e também a audiência pública para apresentação do EIA/RIMA, ambos eventos realizados em 2014.

Hub internacional

O aeroporto em Palmeira será um hub internacional, ou seja, servirá como ponto de partida e ponto de chegada de cargas e passageiros, fazendo a distribuição para toda a América do Sul. A localização permite que qualquer aeroporto sulamericano seja alcançado em até quatro horas de voo. A previsão é de que em cerca de 20 anos ocorra integração com todos os países da América do Sul.

Com quatro pistas, duas delas com 3.500 metros de extensão, que podem receber operações do maior avião do mundo, o Airbus A380, que transporta até 840 passageiros, e outras duas menores, será possível operar voos internacionais e domésticos, além de servir como alternativa ao Aeroporto Afonso Pena.

A CACG prevê que o aeroporto terá capacidade para 750 mil pousos e decolagens por ano, constituindo-se no quarto maior do mundo em movimentação. A operação de carga será integrada entre aérea, rodoviária e ferroviária, uma vez que nas proximidades passam duas rodovias, além da estrada de ferro que liga Curitiba a Ponta Grossa.