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Notícia publicada quinta-feira 17 novembro 2016

Paraná poderá ter mega aeroporto de cargas a ser construído em São Luiz do Purunã

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O Grupo J. Malucelli anunciou nesta semana um projeto de construção de um mega aeroporto de cargas em São Luiz do Purunã, na divisa com município de Palmeira e Balsa Nova e entre duas rodovias importantes a BR 277 e BR 376.

O projeto do aeroporto de cargas deve ter pista de quatro mil metros de comprimento, quase o dobro da pista do Aeroporto Internacional Afonso Pena em São José dos Pinhais na região metropolitana de Curitiba, e ficaria localizado no quilômetro 46 da BR-277, em São Luiz do Purunã, bem próximo de Palmeira, entre Curitiba e Ponta Grossa.

O projeto aguarda licença do Quinto Comando Aéreo Regional da Aeronáutica (Conar), em Porto Alegre (RS). A próxima etapa, após a licença da Aeronáutica, é a licença no Instituo Ambiental do Paraná (IAP).

A área adquirida para construção do aeroporto tem 600 hectares. Segundo o empresário Joel Malucelli, dono da área e fundador do grupo responsável pelo projeto, o novo aeroporto poderá receber os maiores aviões do mundo, incluindo o Antonov Mriya An-225, que aterrissou na segunda-feira (14) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. “O objetivo principal são os aviões de carga. Hoje, aviões aterrizam em Curitiba com no máximo 30% da carga e decolam com 20% porque a pista é muito curta. A base principal é Vira Copos (em Campinas). Com esse projeto, nós poderemos aceitar os maiores aviões que existem no mundo”, afirma.

Modelo

O modelo de negócio deve seguir o aplicado no Aeroporto de Vira Copos, em Campinas no Interior de São Paulo, onde circulam as maiores cargas distribuídas no Paraná. O projeto do novo aeroporto também contempla a circulação de aviões executivos. “A princípio aviões de carga, mas certamente aviões executivos. Nossa intenção num futuro próximo é que alguma empresa aérea adote esse novo aeroporto como a Azul adotou o Aeroporto de Vira Copos”. De acordo com o Malucelli, o “mega aeroporto” seria a alternativa para um provável congestionamento de cargas.

“Há necessidade de ter um porto seco da Receita Federal, barracões de depósito de mercadoria, toda estrutura de um aeroporto novo, principalmente de um aeroporto desse porte. Atendendo uma região industrial como é Ponta Grossa, nós temos certeza de que será um sucesso esse projeto”, confia.

O presidente do grupo, Alexandre Malucelli, afirma que o novo aeroporto atende a uma demanda notável da região.

“A região vem crescendo e tem demanda para um aeroporto de cargas. Como o estado se industrializou bastante, um aeroporto de cargas que não tenha uma limitação de pista, pensando na área industrial de Curitiba, o pólo logístico que é a região de Ponta Grossa, estamos entre esses dois pólos. Faz todo sentido a localização“. “É um aeroporto privado desde sua concepção, não um aeroporto público em que está sendo cedida a concessão. Para aviação executiva, já existem vários projetos no Brasil, mas o aeroporto de carga, comercial de carga, é inovador e tem seu tempo de maturação, inclusive no licenciamento”, diz. O projeto também prevê a construção de uma rodovia que vai ligar a BR-277 ao Aeroporto. O pedido de licença para o início do empreendimento foi protocolado na Secretaria Nacional de Avião Civil. O grupo JMalucelli, tutor do projeto, espera atender todas as providências solicitadas pelo órgão até o fim do ano. Depois disso, o projeto entra em fase de captação de recursos e execução.

Informações do site:

http://paranaportal.uol.com.br/economia/parana-tera-mega-aeroporto-de-cargas/

Outro projeto

No ano de 2014 a comunidade do Lago em Palmeira, foi surpreendida com a notícia da possibilidade de construção de um aeroporto internacional de cargas e passageiros. Na ocasião chegaram a ser realizadas duas apresentações do projeto, sendo uma à comunidade em geral na Câmara de Municipal e outra uma audiência pública na comunidade do Lago com os moradores para apresentação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Segundo o projeto ele ficaria localizado, a oito quilômetros de Palmeira e a 17 quilômetros de Ponta Grossa. As últimas informações sobre o andamento do projeto é de que aguardava licenciamento do IAP.