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Política
Altamir Sanson concede entrevista após a primeira reunião de secretariado
O prefeito Altamir Sanson, em seu primeiro dia de trabalho como prefeito do Município, concedeu em seu gabinete uma entrevista à Gazeta de Palmeira, logo após a primeira reunião de secretariado. O prefeito reuniu no gabinete um grupo de secretários e diretores.
O prefeito foi indagado sobre como foi essa primeira reunião de secretariado, e o que foi tratado e decidido. O prefeito Altamir Sanson, disse que foi uma reunião boa, para uma grande organização da casa, cada um vai levantar as deficiências do seu setor, e a gente tomar decisões de imediato em cima de cada problema, afirmou.
Ele disse que uma das coisas lhe aflige neste momento, é o problema do lixo. O lixo que está a céu aberto, mas disse já contatou com o proprietário do Aterro Sanitário de Ponta Grossa, e ele já atendeu o pedido. Um caminhão da empresa que está coletando, já vai transbordar lá. Daí será acertado o edital de licitação e tocar o barco rapidamente. Falou que foi uma reunião muito boa, todo mundo animado, consciente do tamanho da responsabilidade, que acredita que daqui para frente agora, é muito trabalho e muita dedicação, salientou.
Ao prefeito, foi perguntado se ele fez cobranças de início de mandato para seu secretariado, se o prefeito cobrou algum tipo de postura de trabalho dos secretários, e ele disse que a postura é a mesma da campanha. AS – “Deve ser um trabalho focado, pois tem um resíduo de um empréstimo do governo, que é dinheiro razoável que sobra, um montante de R$ 15 milhões. Então, é focar na Saúde e também na nas estradas rurais. Vamos cuidar e começar com o roteiro escolar para que as aulas venham sem problema no início do ano letivo, e na sequência, a gente vai decidindo com a equipe, pois vamos atender diariamente os secretários. Eu vou estar à disposição dos diretores e secretários pela manhã, e na parte da tarde vamos correr atrás de recursos para atender a população. Mas foi muito produtiva a reunião, acredito que está todo mundo animado e vai ser um bom trabalho”.
GP – O prefeito está animado, mas é um desafio novo, pois é seu quarto mandato que está iniciando e, é diferente de todos os outros, pois na posse o senhor já colocava algumas questões, e no seu discurso inclusive o ex-prefeito, ele disse que a prefeitura ficou numa situação financeira favorável, e agora o senhor está tomando ciência de toda a situação, como será daqui em diante?
AS – Eu acredito que o Sérgio deixou a casa em ordem, tenho o maior respeito pelo ex-prefeito. É claro que uma pessoa só, não consegue cuidar cem por cento de tudo, né. Tem muitos problemas aí, que são problema de funcionários, de algum descuido, no volume dos trabalhos, mas acredito que ele deixou a casa em ordem, mas tem muito muitos compromissos, tem a defasagem do salário dos professores, tem pelo que eu sei, quatrocentas causas trabalhistas, duas causas que ele eu terei que pagar agora, só de dois funcionários, um é quatrocentos mil reais e o outro é duzentos mil reais. Dois funcionários são seiscentos mil reais. Agora você imagina o restante dos quatrocentos que montante que não vai isso, então é uma grande preocupação. A gente tem que se planejar, vamos ter que ter um gerente aí para administrar o orçamento bem certinho. E a gente cumprir com nossos deveres à risca.
GP – O prefeito falou na posse que vai correr atrás de novos projetos, fazer bons projetos, que o Estado, que o governo do Ratinho Júnior tem muito dinheiro para os municípios, o prefeito com certeza vai apresentar muito projetos, vai correr atrás de recursos?
AS – Na realidade, o Sérgio me deixou um banco de projetos bom aí, só que todos precisam de correção. Tem muito problema de erro de projeto. Até mesmo projetos que foram terceirizados. Foi contratado, estão tudo com um X vermelho de reprovação. Mas, eu confio nos nossos profissionais, são competentes, se tiver necessidade de terceirizar isso aí, eu vou fazer, e o governo tem recurso. Então o prefeito que tiver projeto na mão bem elaborado, vai lá e vai trazer o recurso pra cidade, e eu acredito que eu vou ser um deles.
GP – O prefeito também tem seus projetos de campanha que quer colocar em prática o mais breve possível?
AS – Minha primeira atitude hoje aqui, foi a área da Saúde, tem um repasse volumoso pro hospital, eles cuidam do trabalho diário da saúde do povo, e eu vou continuar em dia, honrando o compromisso que o Sérgio renovou por mais um ano, então ficamos aí com responsabilidade do ex-prefeito, mas vamos cuidar com muito carinho, com muita responsabilidade. Agindo na Saúde, cuidando dos roteiros escolares, a outra prioridade nossa, são as estradas rurais do município. Aí em março, abril, eu já posso partir para as festividades do município, a Expo Palmeira e o Rodeio Crioulo, nós vamos cumprir com a palavra, vamos fazer, mas tudo gradativamente em cima de responsabilidade.
GP – Prefeito provavelmente vai fazer uma reforma administrativa, pois em campanha, o prefeito falava que algumas secretarias podiam ser revistas. Já tem uma ideia de como será essa reforma, está sendo estudada, será ampliação de secretarias, ou readequação?
AS – Eu tenho em mente aí, o Esporte, o próprio Planejamento, tem o setor da garagem, que tem que ter vida própria, Indústria e Comércio que tem que ter o orçamento, a pasta da Agricultura, são pastas que tem muito recurso para buscar. Então se você der vida própria para eles, se der um orçamento para eles gerenciarem, eles vão ter capacidade de trabalhar bem melhor. E, a minha intenção é de enviar para a Câmara de início já um projeto, só que é para o ano que vem, para esse ano não se realiza mais, pois tem que ter uma programação anual. E para ano que vem, com certeza nós teremos se a Câmara autorizar.
GP – Então terão novas secretarias?
AS – Perfeitamente, porque veja bem, a prefeitura tem o custo do funcionário, de repente o cancelamento de uma secretaria dessas, por causa de corte de gasto, de nomeação, se torna irrisório. Porque, um repasse de um milhão, dois milhões, tem saído para muitos municípios. Então o secretário vai atrás de recursos, ele vai ter o orçamento dele pra gerenciar. Se Município vai arrecadar R$ 200 milhões, se nós tivermos dez secretarias, digamos que fosse dois milhões para cada uma, todo mundo iria ter orçamento para trabalhar em cima. Então, o que vai acontecer, se você aumentar mais três ou quatro secretarias, você vai dividir esses duzentos milhões com mais três, quatro, mas o cara vai ter uma vida própria para poder trabalhar melhor, e vai desempenhar melhor o serviço.
GP – Na sua opinião, traz mais benefícios ter as secretarias independentes do que concentrar as secretarias com o discurso de economia?
AS – Mas toda vida, porque o recurso tem pra ele buscar. Eu fui num congresso recentemente em Florianópolis, o FNDE, a Educação, a Saúde, o Turismo, mas tem muito recurso federal. Você imaginou um bom projeto, um diretor do departamento dessas pastas, nomear alguém para cuidar desse setor, vai trazer recurso para Palmeira. E o prefeito vai ter que ter uma equipe de planejamento de projeto, bem atuante para esse dinheiro rodar no município.
GP – Dessa forma o secretário também responde junto com o prefeito pela administração e por qualquer situação que venha causar a secretaria?
AS – É, você sabe, eu tive problemas no passado com contas, porque era diretor, e o diretor não assinava a responsabilidade, era o prefeito que respondia. Hoje não, existe secretaria, se um secretário dá um “canetaço errado”, é o nome dele que tá em jogo”. O prefeito vai ser um fiscalizador desse gasto, e isso eu vou fazer com muita responsabilidade, sem dúvida.
O prefeito Altamir aproveitou também para desejar uma boa sorte para o presidente da Câmara Municipal eleito no dia 2 de janeiro. Ele disse que: “Eu tinha outro candidato, eu havia conversado com ele, mas o pessoal optou lá, por um novo nome. Mas eu me relaciono bem com os nove vereadores. Não vejo preocupação nenhuma. Mesmo porque, o Poder Legislativo é Poder independente. Então, desejo boa sorte para ele, e toda a equipe, e eu vou estar com o gabinete aberto para os nove vereadores”.
GP – O prefeito vai trabalhar de uma forma bem amistosa com a Câmara, e como diz, com o gabinete aberto, isso já foi dito na posse, o prefeito pretende manter relacionamento bastante aberto com o presidente e com todos os vereadores?
AS – Veja bem, o meu primeiro mandato eu elegi só dois vereadores. Na época, era a professora Nilda Rigoni e o Henrique Leobet (já falecido), e eu não tive nenhum projeto reprovado na Câmara. Todos os que eu mandei para Câmara foram aprovados. Então eu não vou mandar nada para a Câmara que venha contra a vontade dos vereadores e da população. O que eu mandar pra lá, é porque vai ser de bom para o povo. Então, eu confio plenamente no trabalho.
GP – Os vereadores também precisam através das suas indicações, e são os fiscais, mas também acabam ajudando o prefeito a administrar a cidade quando fazem suas indicações e o prefeito consegue atendê-las?
AS – O vereador precisa do gabinete do prefeito, ele não consegue ir lá e resolver o problema do bueiro, ele tem que vim aqui, falar com o prefeito, com o diretor, com o secretário, e a determinação para os meus secretários, foi para atender com muito respeito os vereadores.
Foto: Moacir Guchert