Agrícola

Notícia publicada terça-feira 21 agosto 2012

Paraná forma primeira turma de profissionais para novo sistema agropecuário

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O Paraná formou no último dia 16 a primeira turma de profissionais das Ciências Agrárias que serão os multiplicadores das tecnologias do sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, técnica que reduz a emissão de gases de efeito estufa (GEE) no meio ambiente e promove aumento da produtividade e da renda do produtor. A meta do governo do Estado é intensificar a transferência dessa tecnologia para o produtor nos próximos cinco anos, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

A solenidade de conclusão do curso contou com a participação de cerca de 300 pessoas e foi precedida de uma dia de campo, realizado na Estação Experimental do Iapar, em Ponta Grossa, onde foram demonstradas as tecnologias possíveis de serem implementadas no Estado. Foram habilitados 130 engenheiros agrônomos que fizeram um curso de 112 horas em várias regiões do Paraná e que agora estão aptos a difundir essa tecnologia que integra o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do governo federal.

O plano ABC corresponde a um compromisso assumido pelo governo brasileiro com a comunidade internacional de reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Com isso, grande parte do crédito disponível para investimentos no Plano Safra 2012/13 vai atender aos projetos que desenvolvem as técnicas do plano ABC e a Integração Lavoura, Pecuária e Floresta é uma delas.

Como no Paraná, a meta do governo federal também é intensificar a transferência dessa tecnologia em todo o País, ajustando a meta de aliar a produção agrícola com sustentabilidade. O sistema é ideal para aumentar a produtividade das áreas de pecuária de corte que encontram-se degradadas, o que é um sério problema a ser enfrentado no Estado, disse o secretário Norberto Ortigara.

De 2003 para cá, o rebanho de pecuária de corte no Estado reduziu em um milhão de cabeças, passando de 7,5 milhões em 2003 para 6,5 milhões de cabeças no ano passado. Segundo os técnicos, as áreas ocupadas pela pecuária de corte bastante degradadas foram ocupadas pelo avanço das lavouras de grãos, da cana-de-açúcar e reflorestamentos.

De acordo com o secretário, a oportunidade para difusão do conhecimento e implementação dessa prática nas propriedades rurais é única, considerando que a tecnologia é viável para a pequena propriedade, o dinheiro disponível para os financiamentos é barato, com juros negativos, e o governo vai agora se empenhar em formar mão de obra para dar assistência técnica e orientação no campo.