Uma comissão, a ser confirmada nos próximos dias, ficará encarregada de analisar a proposta de contrato de programa apresentado pela Sanepar à Prefeitura de Palmeira para, só então, acontecer alguma decisão sobre o futuro do serviço de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município. Isto é o que ficou decidido na audiência pública realizada na sexta-feira (28), na Câmara Municipal, convocada pelo Executivo.

Com o plenário praticamente lotado, cerca de 70 pessoas compareceram à audiência pública e ouviram, primeiro, explanações de representantes da companhia, que apresentaram alguns detalhes sobre a proposta feita pela Sanepar à Prefeitura, com prazo de duração de 30 anos, prorrogáveis por igual período.

O prefeito Edir Havrechaki (PSC), por sua vez, falou sobre a proposta e acrescentou os itens que a administração municipal apresentou à Sanepar e comentou as respostas dadas pela companhia a cada um deles. Um dos principais é a construção da nova captação de água no rio do Salto, que a Sanepar concorda executar e diz já ter o projeto e recursos financeiros alocados para a obra junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“A Sanepar visa lucro, mas nós temos que fazer um contrato que seja bom para todas as partes, principalmente para a população de Palmeira que quer receber água com qualidade e sem interrupção”, afirmou Havrechaki, após dizer que só não assinou o contrato antes porque havia muitos pontos para discussão e também a insatisfação dos usuários com os serviços prestados pela companhia na cidade.

Depois de muitas considerações, comentários, críticas, perguntas e respostas, ao final da audiência ficou definido que uma comissão, integrada por representantes da Prefeitura, Câmara e usuários, com participação também do Ministério público, será formada para analisar a proposta. Somente após a manifestação desta comissão é que será definida a assinatura ou não do contrato para conceder os serviços à Sanepar.

Alternativas

Durante a audiência pública, em sua primeira manifestação, o prefeito disse ter deixado claro à direção da Sanepar que a Prefeitura de Palmeira, caso não seja celebrado o contrato, poderá criar uma autarquia municipal para gerenciar os serviços de água e esgoto ou abrir uma concorrência pública para contratar empresa especializada para prestar os serviços.