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Notícia publicada segunda-feira 13 outubro 2014

Disfunção erétil afeta 150 milhões de homens no mundo

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Dados da literatura médica revelam que a disfunção erétil afeta cerca de 150 milhões de homens em todo o mundo. No Brasil, a doença afeta 11 milhões de brasileiros e nos Estados Unidos, cerca de 30 milhões de homens. De acordo com o médico urologista, Bernardo Passos Sobreiro, as taxas de disfunção erétil aumentam com a idade sendo de aproximadamente 40% na quarta década de vida e de 75% na sétima. Segundo ele, as causas de disfunção erétil podem ser divididas em dois grupos: orgânicas e psicológicas.

” O processo de ereção depende da entrada de sangue para o interior dos corpos cavernosos e problemas que comprometem a integridade do sistema vascular conduzem à disfunção. A principal causa de redução do fluxo sanguíneo para o pênis é o desenvolvimento de arteriosclerose, onde ocorre a diminuição progressiva do diâmetro interno das artérias por depósito de placas de gordura no interior das mesmas”, explica.

De acordo com o especialista, os principais fatores de risco para arteriosclerose e consequentemente para disfunção erétil são: hipertensão, diabetes, taxas elevadas de colesterol e triglicérides, obesidade, sedentarismo, hábito de fumar e consumo excessivo de bebidas alcoólicas. “É importante lembrar que a arteriosclerose não ocorre isoladamente nas artérias penianas, é um problema mais amplo que afeta de igual modo todos os outros órgãos tais como: coração, cérebro e rins. Como as artérias do pênis apresentam diâmetro menor, elas sofrem obstrução de modo mais precoce. Desse modo, a disfunção erétil serve como aviso de que um outro evento vascular (como infarto ou derrame) podem ocorrer no futuro”, diz. Além disso, problemas neurológicos como Parkinson e Alzheimer, cirurgia ou radioterapia realizadas sobre a região pélvica também estão associados à disfunção erétil.

 

“Os indivíduos diabéticos apresentam taxas elevadas de disfunção erétil (entre 30 a 50%), principalmente nos casos em que a glicemia não é adequadamente controlada. Um fato relevante é que, apesar do forte apelo entre os homens, baixos níveis testosterona são responsáveis por apenas 3 a 5% dos casos de disfunção erétil. Outras doenças crônicas que acometem o fígado ou os rins também podem resultar em disfunção erétil. O consumo de drogas como maconha e cocaína também reduzem a libido e ereção”, comenta o urologista.

Fatores psicológicos

A associação entre disfunção erétil e problemas de ordem emocional é bastante comum entre indivíduos jovens. “Ao contrário do que ocorre na disfunção de origem orgânica o início costuma ser súbito e, na maioria dos casos, a função erétil é normal em situações fisiológicas (como a ereção matinal e durante o sono). Contudo, na presença de quadros de depressão, ansiedade, estresse ou conflitos de relacionamento ocorrem episódios de disfunção erétil”, comenta o especialista.

Tratamento

Existem diversos tratamentos para a disfunção erétil e os riscos e benefícios de cada um deles precisa ser discutido com o paciente e sua parceira, sempre levando em consideração as expectativas do paciente e o julgamento e experiência do médico.

“Um aspecto importante é que fatores de risco para a disfunção erétil ou doenças concomitantes que levam a dificuldade de ereção devem ser tratados adequadamente e via de regra o paciente terá de modificar seu estilo de vida”, explica Bernardo Sobreiro.

Os tratamentos para o problema disponíveis hoje incluem: medicação via oral; injeções intracavernosas de drogas vasoativas; e implante de prótese peniana. Um apoio especializado para o tratamento da disfunção erétil com forte componente emocional por vezes é necessário e pode ser realizado concomitantemente com o tratamento clínico ou cirúrgico.