A imigração à América do Sul de alemães que viviam na Rússia – no caso de Palmeira e região originários das margens do rio Volga – será tema de um documentário produzido por uma emissora pública de televisão do estado da Dakota do Norte, nos Estados Unidos. Para tanto, dois norte-americanos fazem a prospecção para o projeto das gravações e visitaram o município na sexta-feira (10) e no sábado (11), coletando informações sobre a presença de descendentes dos imigrantes.

Bob Dombach, diretor da TV que vai produzir o documentário, e Michael Miller, diretor da coleção sobre a imigração dos alemães da Rússia da biblioteca da Universidade Estadual de Dakota do Norte, visitaram Witmarsum na sexta-feira e o Sítio Minguinho no sábado. Eles conheceram detalhes sobre a presença dos imigrantes em Palmeira e devem incluir no projeto de gravações tomadas nos dois locais.

Sobre o Sítio Minguinho, revelaram tratar-se do único memorial que encontraram na América do Sul sobre a imigração dos alemães da Rússia. Já sobre Witmarsum, Dombach e Miller ressaltaram a alegria com que foram recebidos na localidade e a prosperidade dos descendentes de imigrantes alemães, com destaque para o trabalho da Cooperativa Witmarsum.

Antes de vir ao Brasil, os norte-americanos estiveram na Argentina, trabalhando no mesmo projeto. Eles fizeram diversas visitas a colônias de alemães que imigraram da Rússia no período entre o final do século 19 e início do século 20. No país vizinho, encontraram várias colônias que prosperaram, mantendo o idioma e os costumes trazidos pelos imigrantes.

Miller e Dombach informaram que o documentário sobre a imigração dos alemães da Rússia deve ter a fase de gravações dentro de um ano, aproximadamente. Depois das gravações, vem a fase de produção, que deve consumir mais um ano. Pronto, o documentário será exibido pela TV estatal de Dakota do Norte e, possivelmente, por outras emissoras de televisão norte-americanas.

Jornal

Na passagem por Palmeira, Miller e Dombach estiveram na redação da Gazeta de Palmeira, acompanhados pelos pesquisadores e escritores Arnoldo Monteiro Bach e Carlos Alberto Schwab. O grupo foi recebido pelos diretores do jornal. Os norte-americanos demonstraram boa impressão sobre a Gazeta, dizendo que nos Estados Unidos a imprensa regional tem conseguido manter jornais impressos, ao passo que os grandes jornais experimentam uma fase de decadência, principalmente em virtude da internet, que atrai leitores mais jovens.