Geral

Notícia publicada terça-feira 10 outubro 2023

Prevenção: Obesidade cresce de maneira alarmante entre brasileiros

Gostou, compartilhe

Dia 11 de outubro celebra o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade. Considerada uma doença crônica e uma epidemia global, de acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde, ela pode servir como porta de entrada para outras doenças igualmente preocupantes, como o diabetes e a pressão alta, mas principalmente as doenças cardíacas.

Um levantamento do Ministério da Saúde, realizado em 2023, revelou que mais de 6,7 milhões de brasileiros são obesos, destes, mais de 863 mil sofrem com a obesidade mórbida e, por isso, são candidatos à cirurgia bariátrica.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) – Capítulo Paraná, José Alfredo Sadowski, diz que o Brasil é hoje um dos países com a mais alta taxa de pessoas com obesidade no mundo.

E, para eliminar de vez a briga com a balança e recuperar a saúde, a cirurgia bariátrica é um forte aliado de quem precisa emagrecer.

O número de cirurgias realizadas pelos planos de saúde – segundo levantamento recente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – foi de 65.256 cirurgias em 2022. O crescimento foi de 22,9% , se comparado com 2019, um ano antes da pandemia, quando foram realizadas 53.087 cirurgias.

Para o Gestor Comercial do Grupo AllCross, maior grupo de corretoras de planos de saúde do Brasil, Rogério Moreira, isso mostra que os planos de saúde estão atendendo às recomendações da ANS e realizando as cirurgias conforme indicação médica, no entanto, é importante considerar as carências dos planos de saúde. “Quando se adquire o plano, este procedimento tem um prazo de carências de seis meses a serem cumpridas. Mas, se quando a pessoa adquiriu o plano ela já estava obesa, as carências sobem para 24 meses”, diz Moreira.

Quando a balança é o vilão

Quando várias tentativas para a perda de peso não surtiram efeito nos ponteiros da balança, é hora de começar a considerar a possibilidade de cirurgia bariátrica. Para isso, é fundamental prestar atenção ao IMC. O índice de massa corporal – IMC de um adulto é o seu peso em quilos dividido por sua altura ao quadrado. Se este resultado for superior a 40kg/m², é necessário atentar a outros fatores que podem complicar a obesidade, entre eles, as chamadas comorbidades, que são a ocorrência de duas (ou mais) doenças relacionadas que, quando associadas a uma nova doença podem tornar-se um agravante no quadro clínico, como é o caso do diabetes, doenças coronárias e também a pressão alta.

Cirurgia bariátrica x Plano de saúde

Embora o número de operados pelos planos de saúde tenha aumentado consideravelmente, algumas pessoas ainda encontram dificuldade na liberação do procedimento. Nesses casos, o Gestor da AllCross aconselha que, em caso de negativa, a pessoa recorra à ANS. “Primeiro, a pessoa deve pedir à operadora que formalize por escrito a negativa. A operadora tem 48 horas para fazer isso. Em seguida, o reclamante deve registrar junto a ANS uma Notificação de Intermediação Preliminar – NIP. Desse modo, a ANS irá notificar a operadora que terá cinco dias para justificar a sua negativa”, alerta Moreira.

“Além disso, o segurado também poderá ajuizar uma ação solicitando uma liminar para a cobertura, inclusive ação de danos”, destaca.

Fique atento

Além da indicação médica, o paciente depende também do cumprimento de alguns critérios previstos pela ANS para realização do procedimento e liberação pelo plano de saúde. São eles:

  • ter entre 18 e 65 anos de idade;
  • apresentar quadro de obesidade mórbida há, pelo menos, cinco anos;
  • ter realizado tratamento clínico por, no mínimo, dois anos sem apresentar redução de peso que demonstre que a terapia foi bem-sucedida;
  • registrar Índice de Massa Corpórea (IMC) igual ou superior a 40kg/m²;
  • não ter feito uso de álcool e drogas ilícitas pelos últimos cinco anos;
  • não ser um paciente psiquiátrico descompensado, em que apresentam quadros psicóticos ou demenciais e até risco de suicídio;

“Além disso, é necessário haver o entendimento médico de que o paciente e seus familiares estão cientes dos riscos e das mudanças de hábitos inerentes a um procedimento de grande porte sobre o tubo digestivo e da necessidade de acompanhamento pós-operatório de longo prazo por uma equipe multidisciplinar”, conclui o gestor do Grupo AllCross.