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Notícia publicada sexta-feira 24 abril 2015

Pároco Padre Osni dos Anjos completa 10 anos de sacerdócio

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Esta sexta-feira (24) está sendo festiva para a comunidade católica palmeirense. Em especial à Paróquia Nossa Senhora da Conceição, com a comemoração dos dez anos de ordenação sacerdotal do pároco padre Osni dos Anjos.

Um evento festivo será realizado no salão comunitário da localidade do Lago. Um jantar por adesão reúne a comunidade para celebrar a data e também para arrecadar recursos que viabilizam a ida à Cracóvia, na Polônia, no ano que vem, de uma comitiva palmeirense para participar da Jornada Mundial da Juventude.

Em comemoração à data, padre Osni escreveu, para coluna na Gazeta de Palmeira, sobre sua história até o momento da ordenação,que aconteceu na tarde de 24 de abril de 2005. Confira:

“Da casa “Dos Anjos” Deus tirou um sacerdote

A vocação é um grande mistério, assim como tudo que vem da bondade de Deus: o nascimento, a vida, os milagres, inclusive a morte. Desde muito antes de sermos gerados no ventre de nossa mãe, Deus já nos conhecia e amava. E quando entramos no mundo o Criador vibrou de alegria com nossa existência, com nossa chegada. Pensou Deus: “é minha imagem e semelhança… É meu filho “.

E ainda, Deus sonhou para nós uma vida plena, realizada, pois ninguém nasceu para ser infeliz. Então Deus nos concedeu dons e talentos para sermos plenos e tornamos o mundo em nosso entorno melhor, aperfeiçoado, abençoado. Uns serão médicos, professores, psicólogos, pais, mães e outros serão padres. Tudo isso é lindo e é mistério de Deus para vida do ser humano.

Eu me encaixo nesse último grupo, no grupos dos que foram chamados a ser padres. Deus me quis gente, me quis ser humano, feliz, realizado um padre.

Confesso que, passados dez anos daquela tarde de domingo quando Dom Moacyr Vitti, de saudosa memória, impôs as mãos sobre a minha cabeça e fui ordenado sacerdote, continuo anestesiado. Quando fecho os olhos, vejo-me deitado naquele chão em frente ao altar enquanto o povo cantava a ladainha. Sinto que naquele momento Deus me tomou no seu colo e sarou minhas feridas e me deu um coração de padre. Sempre que enfrento dificuldades, assim como todos as têm, fecho os olhos e me enxergo deitado aos pés do altar e encontro nessa imagem toda força que necessito para seguir. Por isso, eu amo o que sou e o que faço e se, por um absurdo da natureza pudesse nascer de novo, padre eu seria.

Eu sempre fui um menino tímido, com poucas amizades, criado numa família simples, de fé, família de onde ninguém nunca diria: “daí sairá um padre”. No entanto, Deus tem seus caminhos e escolheu a casa “Dos Anjos” para tirar de lá um sacerdote.

Quando eu entrei para o seminário eu tinha apenas 14 anos, depois foram dez anos de estudos, anos abençoados, ainda mais para alguém que sempre foi encantado e com inclinação para os estudos. Com 24 anos fui ordenado sacerdote. De lá para cá, foram muitas missas, batizados, casamentos, confissões, unções aos enfermos, visita aos doentes, bênçãos de casas, aconselhamentos, reuniões, palestras, cursos, retiros, peregrinações, orações, leituras, e muitas outras atividades que preenchem o ser e o fazer de padre. De lá para cá também foram muitas amizades com famílias, mulheres, homens, crianças, jovens.

Tudo isso para chegar ao décimo ano e ouvir se confirmar aquilo que Dom Bernardo profetizou na sua pregação quando rezei a primeira missa. Disse ele: “O Padre Osni ainda não está pronto, mas vocês têm a responsabilidade de ajudá-lo a tornar-se padre cada dia, até o dia em que vocês olharão para ele e dirão ‘eis um padre de verdade’”.

Passado todo esse tempo, a profecia do meu “pai espiritual” se cumpriu. Na manhã do dia 23 de abril, após a missa das 6h na casa das Irmãs da Sagrada Família, a Irmã Otília, recém chegada, sem me conhecer, disse antes do café ao pé do meu ouvido: “eu fico observando você quando preside a missa e saiba que noto que você é um padre de verdade, eu vejo em você o Sacerdote”. Foi meu presente de dez anos. Até porque, eu nunca tive muito “cara” de padre, mas tive sempre certeza de que, embora não tivesse “cara”, eu sempre tive um coração de padre.

Agradeço de todo meu coração a Deus, a minha família e a essa comunidade que aprendo amar cada dia. A cada pessoa que Deus coloque em meu caminho: obrigado. Peço que rezem por mim, pelos padres e pelas vocações. E juntos possamos seguir “sempre mais alto” e “sempre mais além”.”.

Mais fotos da ordenação do padre Osni dos Anjos podem ser vistas em rede social, clicando aqui.