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Notícia publicada quinta-feira 23 maio 2013

Prefeito divulga texto de opinião sobre falta de água na cidade

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A água é de graça?

Caros irmãos palmeirenses. Quero me solidarizar com vocês e pedir a solidariedade de todos vocês na dificuldade que juntos estamos passando há muito tempo com o fornecimento de água pela SANEPAR. A falta d’água é constante em todas as regiões da cidade, e não conseguimos que a companhia, que goza de antigo monopólio na exploração do abastecimento de água, preste os serviços pelos quais todos nós pagamos de forma minimamente aceitável. Além disso, recusa-se a prestar para grande parte nossa população serviços de saneamento básico, essenciais à saúde de todos, especialmente às crianças e aos idosos. Também exclui de seus interesses o atendimento à população rural do município, deixando nossos conterrâneos do interior sem água tratada para tomar seu banho e ter água limpa e saudável de beber, necessidades mínimas, imprescindíveis a saúde e ao bem estar. São posturas de uma empresa que presta um serviço por que nós todos pagamos, e que portanto são obrigação desta companhia. São posturas que não podemos admitir.

Outra postura que não pode ser admitida é a justificativa apresentada pela SANEPAR pelos péssimos serviços prestados: a não renovação de um contrato elaborado há quase 20 anos, que não contempla as necessidades atuais e futuras do nosso município, não prevê multas ou sanções para as interrupções de fornecimento, para a falta de comprometimento em investimentos em acesso à água potável e saneamento básico para todos os palmeirenses deixando apenas os cidadãos com a obrigação de pagar, mas sem direitos de receber pelo que paga. Pergunto a todos vocês: alguma vez na sua vida a SANEPAR deixou de lhe cobrar a “conta d’água”? Arrisco-me (na verdade não há risco algum) e dizer que não, que nunca nenhum de nós deixou de receber o boleto com a conta para pagar, faltando água ou não, tendo serviço de saneamento básico ou não, com nossa população da área rural sem água, com contrato vencido ou não o envio da conta pela SANEPAR é sagrado.

Pois sagrado também é nosso direito água potável e coleta de esgoto para todos os palmeirenses. Hoje e sempre, nos próximos 10, 20 ou 30 anos de crescimento que vêm à frente.

Aproveito para perguntar: foi só após o vencimento do contrato que tivemos interrupções no fornecimento? só após o vencimento do contrato que deixamos de ter saneamento básico para toda a população?

Estas perguntas são importantes, mas a mais importante é: Devemos, e podemos, aceitar um serviço de péssima qualidade pelo qual somos cobrados rigorosamente todo mês? Garanto que da minha parte e resposta é não. E é por isso que temos lutado ininterruptamente pela renovação de um contrato que traga benefícios para toda a população de Palmeira. Benefícios pelos quais nossa gente trabalhadora irá pagar como sempre fez. Não estamos pedindo nenhum favor ou benevolência, e sim receber o justo por aquilo que pagamos.

A SANEPAR, que vem tentando colocar o executivo municipal como o vilão responsável pelas constantes faltas de água em Palmeira, sob a ridícula alegação de que o contrato de concessão esta vencido, não consegue explicar por que essa mesma situação acontece há muito tempo e em muitos lugares em que ela atua. Vejam neste artigo (www.millarch.org/artigo/sanepar-um-exemplo-de-irritacao-publica ) que desde 1989 que a situação que esta postura de incompetência e transferência de responsabilidade não é de agora. Tampouco se restringe à Palmeira. Com uma rápida procura verão que cidades como Prudentópolis e Nova Esperança acumulam queixas e mais queixas por conta de interrupções no fornecimento de água. A diferença é que lá existe contrato e nada pode ser feito. Aqui em Palmeira conto com o seu apoio para não permitir mais esse abuso por parte de uma empresa que trabalha para nós.