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Notícia publicada segunda-feira 27 agosto 2012

Professores da rede estadual de ensino fazem manifestação e paralisam atividades na quinta-feira

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Professores e funcionários das escolas da rede estadual de ensino devem promover paralisação de atividades na quinta-feira (30) como forma de pressionar o governo a atender reivindicações de ambas as categorias. É esperada a adesão de 83 mil professores e 28 mil funcionários do estado que trabalham nas escolas e atendem mais de 1,3 milhão de estudantes. O dia 30 de agosto já é uma data tradicional para a categoria, que todos os anos promove uma passeata que relembra o dia em que, no ano de 1988, o então governador Álvaro Dias ordenou à Polícia Militar que dissolvesse uma manifestação com uso de cavalaria e bombas.

Este ano, a data coincide com o prazo dado ao governo pela APP-Sindicato para resolver as pautas da categoria. Por isso, além de paralisação e passeata, haverá uma grande assembleia para que a categoria analise e vote as próximas ações. ”Se o governo não resolver o reajuste dos professores e funcionários e o plano de carreira, nós vamos entrar em estado de greve”, adianta a presidenta da entidade, Marlei Fernandes de Carvalho.

No início do ano, o Ministério da Educação aumentou em 22,22% o piso salarial da categoria, atingindo o valor de R$ 1.451,00 para profissionais com ensino médio e jornada de 40 horas. Como no Paraná, no entanto, os professores da rede estadual já possuem curso superior e o salário inicial para esses docentes – em jornada de 40 horas – é de R$ 1.748,06, o sindicato reivindicou que o aumento fosse aplicado a esse valor.

Depois de uma paralisação em março, o governo e o sindicato fizeram um acordo, segundo o qual o aumento seria de 19,55% divididos em três parcelas nos meses de maio, julho e outubro de 2012. A parcela de julho ainda não foi paga, o que levou ao descontentamento dos professores.

A APP-Sindicato reivindica ainda aumento salarial de 14,13% para os demais funcionários das escolas e a implantação da hora-atividade prevista na Lei Nacional do Piso do Magistério, que determina que um terço da jornada de trabalho dos professores seja reservado para capacitação dos educadores e preparo das aulas.

Além disso, o governo ainda não encaminhou para a Assembleia Legislativa o projeto de lei com o novo plano de carreira dos funcionários e está devendo promoções e progressões. ”Se o governo resolve isso, manteremos o estado de alerta até cumprir todos os itens da pauta até dezembro. Inclusive já vamos fazer as manifestações sobre a hora-atividade”, explica Marlei. A promessa do governo é que os 33% estejam implantados no ano que vem.