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Notícia publicada quinta-feira 24 janeiro 2013

Saúde alerta para casos de hantavirose e leptospirose na região Centro-Sul do Paraná

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A Secretaria de Estado da Saúde registrou, somente no mês de dezembro, três casos e duas mortes por hantavirose na região de Irati. Além disso, uma morte por leptospirose também foi confirmada no último mês na região. Os dados alertam para a importância de profissionais de saúde e população estarem atentos aos sintomas característicos das duas doenças, porque a ocorrência de casos aumenta durante o verão. 

Segundo Gisélia Rúbio, chefe da Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria da Saúde, as últimas mortes ocorreram por causa do diagnóstico tardio da doença. “Queremos que o profissional de saúde esteja preparado para identificar casos de hantavirose ou leptospirose mais precocemente, possibilitando um tratamento adequado para cada quadro clínico”, explicou.

A hantavirose e a leptospirose têm sintomas parecidos com o de outras doenças. É comum o paciente apresentar febre, dor no corpo, cabeça, lombar e abdome, além de outros sintomas gastrointestinais, podendo ser confundido como um caso de gripe ou até mesmo dengue. A intensa dificuldade de respirar é característica da hantavirose. Na leptospirose, o que pode predominar é a dor na panturrilha (barriga da perna).

Na região de Irati, a hantavirose já é considerada uma doença endêmica. Desde 1992, quando o primeiro caso foi registrado no Paraná, já são 42 casos e 13 mortes nos municípios 4ª Regional de Saúde.

As mortes por hantavirose ocorreram na área rural dos municípios de Inácio Martins e Rio Azul. Já a morte por leptospirose foi em Guamiranga, também na região Centro-Sul.

Gisélia Rúbio lembra que a hantavirose é transmitida por um vírus presente na urina, fezes e saliva de ratos silvestres. O homem pode se infectar quando respira a poeira com secreções contaminadas. Geralmente, isso ocorre na área rural, dentro de paióis, estufas ou casas fechadas há muito tempo. Já a leptospirose é causada por uma bactéria eliminada pela urina de mamíferos, em especial a ratazana, e é transmitida para o homem através da água (rios, córregos, valetas, cavas), solo e alimentos contaminados.