Polí­tica

Notícia publicada terça-feira 02 dezembro 2014

Contadora da Câmara Municipal depõe em juízo e tem prisão preventiva revogada

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A contadora da Câmara Municipal de Palmeira, Giseli Gremski Vida, teve revogada a sua prisão preventiva, após 81 dias detida na ala feminina do Presídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa. A revogação da prisão aconteceu após ela prestar depoimento à juíza Cláudia Sanine Ponich Bosco, na tarde de quarta-feira (26), no Fórum da Comarca de Palmeira. A contadora, depondo em juízo, assumiu responsabilidade integral pelo desvio de cerca de R$ 270 mil.

Segundo o advogado Carlos Eduardo Rocha Mezzadri, que atua na defesa da contadora, juntamente com o advogado Fernando Madureira, a juíza acatou o pedido de revogação da prisão de sua cliente devido ela ter bons antecedentes, residência fixa, ocupação lícita e não representa risco ao seguimento da ação judicial. Agora, Giseli vai aguardar o julgamento em liberdade.

Outro fator que pesou em favor da revogação da prisão é o fato de a contadora apresentar problemas de saúde, fato que foi confirmado por servidores da Câmara, em depoimentos à Justiça. Giseli teve diversos períodos de licença para tratamento de saúde, conforme atestaram seus colegas de trabalho.

Segundo os advogados de defesa, a contadora aumentou o próprio salário, em 2012, com base em uma resolução da mesa diretiva da Câmara Municipal que tratava de reenquadramento funcional. Assim, de acordo com os advogados, parte do valor apontado como desvio deve ser questionado. “A Justiça está avaliando essa situação”, disse Mezzadri.

O advogado salientou que o delito praticado pela contadora não deve representar prejuízo ao erário público, uma vez que o patrimônio bloqueado – imóvel e veículo – deve ser suficiente para garantir a restituição dos valores desviados por ela para suas contas bancárias e pagamento de produtos e serviços que adquiriu para uso próprio.

Confiança

Também na quarta-feira, a juíza ouviu os depoimentos do atual presidente da Câmara Municipal, vereador Fabiano Cassanta, assim como de três ex-presidentes do Legislativo, com os quais a contadora trabalhou: Ivano Cherobim, Max Vida Santos e Mário Wieczorek. Todos destacaram que tinham confiança no trabalho da contadora. O atual presidente, alegando este motivo, afirmou que não acompanhava a movimentação financeira nem a contabilidade da Câmara Municipal.