O governo do Estado reafirmou nesta terça-feira (19) que o índice de reajuste do funcionalismo será estabelecido em 5% para este ano. Ainda, que não haverá diálogo com os representantes dos servidores enquanto for mantida a greve. Os sindicatos de servidores, por sua vez, alegam não aceitar a proposta de reajuste apresentada pelo governo e mantém disposição para a greve por tempo indeterminado.

“Este é o índice possível neste momento. O governo está fazendo um grande esforço para chegar neste percentual”, sustentou o secretário-chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, durante reunião com lideranças de servidores em greve realizada no Palácio Iguaçu.

Sciarra ressaltou que o encontro é um gesto que demonstra a disposição do governo para o diálogo, mas que no momento não haverá reabertura de negociações com servidores em greve. “Qualquer outra negociação pode ser retomada com o fim da greve, sem intransigências”, afirmou.

O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, fez um balanço, demonstrando que a situação financeira do Estado exige medidas duras e responsáveis para a redução da despesa e aumento da receita. “Estamos propondo um ajuste para cumprir todas as obrigações que o Estado tem”, disse ele.

PSC contra

O PSC, partido que tem a maior bancada de deputados na Assembleia Legislativa, que é comandado no Estado pelo secretário de Desenvolvimento, Ratinho Júnior, não votará a favor de um reajuste de 5% ao funcionalismo público, como o quer o governo. O PSC defende que o governo reponha o índice da inflação, que é de 8,17%. O anúncio da decisão da bancada foi feita durante a sessão de terça-feira, na tribuna, pelo deputado Hussein Bakri. Logo em seguida, sob alegação de desrespeito do público aos deputados, o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), encerrou a sessão sem que qualquer matéria fosse colocada em votação.