O presidente da Câmara Municipal, vereador Fabiano Cassanta (PR), durante a sessão do Legislativo de terça-feira (2), na tribuna, falou sobre a abertura de processo de sindicância e primeiras informações obtidas, afirmando não ter dúvidas de que existem irregularidades nas finanças. Ele apontou a responsabilidade para a ex-diretora financeira da Câmara, Giseli Gremski Vida, exonerada da função no último dia 28 de agosto.

Cassanta contou que há alguns meses foram constatados indícios de irregularidades nas finanças e que solicitou à diretora financeira, na ocasião, balancetes para que fosse possível dirimir suspeitas. Porém, afirmou não ter recebido nenhum documento. Assim, requereu à gerência da Caixa Econômico Federal, instituição onde a Câmara movimenta seus recursos, um relatório das movimentações do Legislativo.

Quando recebeu os relatórios, Cassanta disse ter verificado situações suspeitas, citando os valores pagos como salário à diretora financeira. Diante disso, providenciou a exoneração da mesma da função e determinou a abertura de sindicância por uma comissão formada por três servidores do Legislativo.

Falando sobre os primeiros movimentos da comissão, que ouviu pessoas que receberam dinheiro da Câmara Municipal, Cassanta disse ter havido a confirmação de que pelo menos duas pessoas receberam dinheiro público sem ter prestado qualquer tipo de serviço para o Legislativo. Com isto, Cassanta foi taxativo e disse: “não tenho dúvidas de que existem irregularidades”.

A comissão deve ouvir outras pessoas e até mesmo empresas que receberam dinheiro da Câmara Municipal, conforme consta dos extratos fornecidos pela Caixa. Ainda, o presidente afirmou já ter solicitado ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná a realização de uma auditoria nas finanças do Legislativo.