Polí­tica

Notícia publicada quarta-feira 07 maio 2014

Presidente da Câmara pode ser multado por novas manifestações na BR 277

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Caso aconteçam novas manifestações por segurança e bloqueio do tráfego de veículos na BR 277, o presidente da Câmara Municipal de Palmeira, vereador Fabiano Cassanta (PR), pode ser multado em R$ 1 mil por hora de paralisação. A concessionária de rodovias Caminhos do Paraná obteve na Justiça medida que responsabiliza Cassanta por eventuais situações futuras, como a ocorrida no dia 26 de abril, após uma jovem de 22 anos morrer em acidente próximo ao acesso à localidade de Quero-Quero.

O vereador falou durante a sessão do Legislativo, na terça-feira (6), que recebeu no dia 1º de maio uma citação judicial que visa impedir que novas manifestações, sob pena de multa de R$ 1 mil por hora de paralisação da estrada. De acordo com o documento, a medida pretende “garantir a segurança dos motoristas e dos manifestantes”.

Cassanta demonstrou indignação pela velocidade com que a concessionária tomou a atitude, “ao mesmo tempo em que não resolve o problema após tantas vidas prejudicadas pelos acidentes no local”. O presidente da Câmara foi além e afirmou que a Caminhos do Paraná não resolveu o problema da comunidade, mas criou um problema para ele. “Querem processar-me, por fazer o que acho que deveria ser feito para que não aconteçam mais mortes”, disse o vereador.

Um requerimento de autoria de Cassanta foi aprovado na sessão da Câmara do dia 29 de abril e encaminhado à concessionária. Logo em seguida, ele recebeu o mandado judicial. “São rápidos para processar aqueles que querem o bem para o município. Quero ver quanto tempo vão demorar para achar uma solução para o problema, com um radar, um trevo de acesso ou rotatória, não sei, não sou engenheiro, isso é trabalho deles. O meu trabalho estou fazendo que é defender a comunidade”, disse Cassanta.

Precedente

Em aparte, o vereador Eliezer Borcoski (PSB) apoiou Cassanta e falou sobre situação precedente, citando que cada manifestação que acontecia na localidade de Colônia Maciel, a concessionária utilizava desses artifícios para intimidar aqueles que procuravam o bem para a comunidade. “A concessionária poderia ser rápida assim para aceitar nossa visita. Quando estiver agendada irei e acho que todos os vereadores devem fazer uma comitiva para ir à Caminhos do Paraná, como também, acredito que seja importante a presença de alguém do Executivo nesse encontro”, falou Borcoski.

Para quinta-feira (8) está agendada uma reunião dos vereadores com o promotor de Justiça Antonio Carlos Nervino para tratar do assunto. Desde segunda-feira (7), a Câmara Municipal vem tentando, sem êxito, agendar uma reunião com a direção da Concessionária Caminhos do Paraná.