O projeto de lei que trata da reestruturação administrativa da Prefeitura de Palmeira, em tramitação na Câmara Municipal, foi tema de reuniões das comissões permanentes em busca de esclarecimentos sobre a necessidade das alterações propostas pelo Executivo. Na quarta-feira (19), a secretária de Educação, Esporte e Cultura, Lídia Mayer de Freitas, falou aos vereadores as motivações para desmembrar a Educação do Esporte e Cultura.

A secretária informou que a Educação atende 18 escolas, 3.240 alunos e mais de 400 servidores, o que, segundo ela, torna impossível para qualquer administrador, obter resultados satisfatórios nas três áreas da pasta, pela grande responsabilidade exigida em apenas uma delas.

A secretária disse que não tem o perfil e o conhecimento para administrar o esporte. “Eu não tenho uma visão de esporte como algo competitivo, não tenho conhecimento da técnica”, explicou Lídia. O vereador Pastor Anselmo (PSD) concordou com ela alegando que cada um deveria administrar o que realmente tem conhecimento.

O presidente da Câmara, vereador Fabiano Cassanta (PR), questionou a secretária quanto ao número de escolinhas de esporte do município, como também a quantidade de atletas que delas participam e a secretária disse que não sabia ao certo. De acordo com Cassanta, na gestão anterior, a situação era parecida em relação ao envolvimento do secretário com o setor, não apenas das ações, como também com os recursos. Cassanta já foi diretor do Departamento de Esportes.

Discordância

Após a explicação de Lídia, vereadores admitiram a relevância do desmembramento para a Educação, mas nem todos demonstraram concordância com a criação de uma secretaria própria para o Esporte e Cultura.

O vereador João Alberto Gaiola (PDT), por exemplo, sugeriu o desmembrado, mas que o Departamento de Esporte e de Cultura fosse alocado em outra secretaria, dando como sugestão a do Planejamento, e se em um determinado tempo apresentasse eficiência seria transformado por merecimento, em secretaria.

“Ao invés de dar um prêmio para o departamento que não mostra resultado expressivo, transformando-o em secretaria, poderíamos realocá-lo no Planejamento e quando mostrar que está fazendo um trabalho bacana, daí sim, transformar em secretaria”, explicou Gaiola.

A reunião das comissões terminou sem nenhum parecer sobre o assunto, mas os vereadores ainda têm até o dia 29 deste mês para elaborar os pareceres sobre o projeto de lei, para que, então, seja encaminhado para votação em plenário.