Os repasses que a Prefeitura de Palmeira recebe das empresas concessionárias de rodovias devem servir para pagar a tarifa de pedágio dos moradores de Witmarsum que se dirigem à cidade e voltam para casa. Esta foi a proposta que o vereador Pastor Anselmo (PSD) apresentou em pronunciamento que fez na Câmara Municipal, na sessão de quarta-feira (13). “Pagar pedágio para chegar à sede do próprio município é ferir o direito constitucional de ir e vir”, afirmou o vereador, sugerindo que os recursos dos repasses fossem destinados à Associação de Moradores de Witmarsum para que ela pagasse o pedágio para quem, entre os 2.500 moradores da comunidade, precisar ir até a cidade.

Surpreendente, original ou justa, a idéia mostra a que ponto chega a situação de quem quer ou precisa, obrigatoriamente, ir à sede do próprio município, a cerca de 35 quilômetros de distância, e, para isso, não tem outra alternativa senão pagar R$ 8,60 para ir e o mesmo valor para voltar para casa. O vereador do PSD apelou ao Legislativo para que aja em favor da comunidade de Witmarsum, dizendo já ter batalhado muito nos últimos quatro em busca de uma solução para o problema.

O problema existe, sim, porque a tarifa de pedágio praticada pela concessionária Caminhos do Paraná na BR 277 é mais alta do que a praticada pela Rodonorte na BR 277 para quem segue para Curitiba ou Campo Largo. Assim, confirma o vereador, muitos moradores de Witmarsum deixam de fazer compras ou acessar serviços em Palmeira porque fica mais em conta ir à capital do estado. Até mesmo Ponta Grossa, destino para onde a tarifa do pedágio é relativamente a mesma, tem sido preferida por eles em detrimento da cidade de Palmeira, de acordo com o vereador do PSD.

O presidente da Câmara, vereador Fabiano Cassanta (PR), disse que o Legislativo assume a ideia e que vai levar a sugestão dada pelo vereador Pastor Anselmo ao conhecimento do prefeito Edir Havrechaki (PSC).