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Notícia publicada quinta-feira 12 abril 2018

Polícia Federal faz operação contra fraudes em previdências municipais em 7 estados

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A Polícia Federal faz nesta quinta-feira (12) a Operação Encilhamento para apurar fraudes envolvendo a aplicação de recursos de Institutos de Previdência Municipais em fundos de investimento com debêntures sem lastro emitidas por empresas de fachada que podem ultrapassar o valor de R$ 1,3 bilhão. A debênture é um título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor.

Aplicação de debêntures sem lastro podem ultrapassar valor de R$ 1,3 bilhão. Há 20 mandados de prisão e 60 de busca e apreensão.

A operação foi nomeada como Encilhamento e é a segunda fase da Operação Papel Fantasma. Policiais Federais e auditores-fiscais da Receita Federal cumprem 60 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de prisão temporária expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Goiás.

Pelo esquema, os administradores criavam empresas de fachada e aplicavam o dinheiro dos trabalhadores de organizações públicas. Só que as empresas não possuíam capital e o trabalhador, que esperava o dinheiro para a aposentadoria, acabava com prejuízo, já que as empresas iam à falência sem ter recursos para o pagamento.

“Emitida a debênture pela empresa de fachada, entrava em cena um consultor de investimento, que se aproximava do instituto de previdência de alguma prefeitura alegando rentabilidade maior dos seus recursos, se trata de regime próprio dos servidores municipais”, explica o delegado Vitor Rodrigues Alves, chefe da delegacia de combate à corrupção e crimes financeiros da PF de SP.

“Quando a instituição da previdência municipal passa a aplicar o dinheiro no fundo, adquiridos da empresa de fachada ou outros fundos, ocorre uma típica lavagem de dinheiro, que envolve a transação em várias camadas, dificultando o rastreamento dos valores”, diz o delegado.

Pelo menos 12 pessoas foram presas. Entre os presos, está Meire Poza, contadora do doleiro Alberto Youssef. O ex-prefeito de Uberlândia Gilmar Machado e mais três pessoas foram presas na cidade mineira durante a operação.

Estão sendo investigados, até o momento, 13 fundos de investimento. No 2º semestre de 2016 foi constatada a existência de R$ 827 milhões em apenas oito destes fundos, dinheiro para o pagamento das aposentadorias dos servidores municipais.

Os investigados responderão por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro com penas de 2 a 12 anos de prisão.

Mandados da Operação Encilhamento: Foram 60 mandados de busca e apreensão, sendo que no Paraná foram cumpridos em quatro cidades, sendo dois na Região Metropolitana de Curitiba, nas cidades de Colombo e Pinhais.

Já, na nossa região, um foi cumprido em São Mateus do Sul e outro no RPPS de Palmeira.

Da redação, com informações do Portal G1.

Foto Rádio Ipiranga