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Notícia publicada segunda-feira 12 novembro 2012

Arnoldo Monteiro Bach faz chegada de “Diligências” movimentar a Casa Branca da Serra

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A chegada da diligência à Casa Branca da Serra atiçou a imaginação das quase 200 pessoas presentes ao lançamento do 11º livro do pesquisador e escritor Arnoldo Monteiro Bach, no último sábado (10), em Palmeira. “Diligências” mostra o que era o transporte de passageiros pelos caminhos do Paraná antes da popularização dos trens e dos meios de transporte rodoviários. O novo livro de Bach, que tem prefácio do cronista e cartunista Dante Mendonça, é um precioso documento histórico sobre o assunto que muitos sequer imaginavam ter relação com o Paraná.

Muitas linhas regulares de diligências funcionaram durante anos ligando as principais cidades paranaenses da época. Palmeira era ponto de passagem daqueles roteiros entre a capital, Curitiba, e lugares do interior, como Ponta Grossa, Castro, Tibagi, Guarapuava e outros. Só mesmo nas diligências ou à cavalo era possível viajar, subindo e descendo serras, enfrentando chuva e sol, poeira e lama. São fatos e casos assim que o livro de Bach descreve.

A solenidade de apresentação da obra foi marcada pela emoção, especialmente com a réplica do veículo puxado a cavalo que abriu o evento na Chácara Palmeira, onde está o histórico casarão quase bicentenário que foi construído por Manoel José de Araújo, o homem que entrou para a história de Palmeira ao fazer a doação das terras onde hoje está a cidade. Personagens das aventureiras viagens à bordo das diligências marcaram presença, entre eles Cherubina Rosa Marcondes de Sá, a baronesa de Tibagi, e Bat Masterson, herói de seriado da TV dos anos 1960.

História

As diligências fizeram história e o livro do pesquisador e escritor palmeirenses é um resgate dela. Para a apresentação da obra, uma solenidade à altura, emoldurada pela Casa Branca da Serra, a mesma que o poeta alagoano Guimarães Passos transformou em versos e que virou música de sucesso nacional na voz de Vicente Celestino e de mais de uma dezena de intérpretes. Por sinal, um grupo de serestas local apresentou a canção e completou o espetáculo cultural ao cair da noite sobre o palco de tantos episódios marcantes da história de Palmeira.