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Notícia publicada segunda-feira 02 setembro 2013

Poda de ipês-amarelos provoca reações e impede espetáculo da florada

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Durante a última semana, uma questão foi bastante abordada por vários palmeirenses na rede social Facebook: a poda dos ipês-amarelos da rua Coronel Pedro Ferreira. O resultado da ação realizada nas árvores foi alvo de centenas de comentários negativos de cidadãos indignados com a poda, considerada drástica.

Um dos pontos abordados nos comentários é a data de realização da poda, feita alguns dias antes do período de florada da espécie.  Em Palmeira o amarelo dos ipês costuma aparecer entre o final de agosto e meados de setembro, época em que o tempo está mais seco e frio, condição propícia para a florada, que dura entre sete e 15 dias.

Um dos fatores alegados pela Prefeitura para realizar a poda dos ipês-amarelos é o fato de as árvores estarem plantadas logo abaixo da fiação elétrica e a altura já ter chegado até a mesma, causando riscos de curto-circuito e até mesmo aos pedestres que transitam pelas calçadas.

Em reportagem exibida pela RPC TV no programa “Paraná TV 2ª edição”, no dia 29, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Rural da Prefeitura de Palmeira, Marcos Ribas, disse que as árvores poderiam ser podadas porque são plantadas e não nativas. Ele também reconheceu que algumas poderiam morrer devido à poda drástica que sofreram.

A legislação nacional estabelece que o ipê-amarelo é uma espécie imune de corte, ou seja, é proibido cortar qualquer espécie da planta, com a exceção em caso de oferecer risco à população, mas ainda sim só pode ser feito mediante autorização de órgão ambiental. Caso a estrutura da árvore esteja comprometida ou oferecendo perigo à fiação elétrica, independentemente da espécie, pode ser podada e, em casos extremos, cortada.

Portanto, segundo a legislação, seria permitida a poda dos ipês-amarelos apenas no lado da rua que é sobreposto pela fiação elétrica, e não nos dois, do modo como foi realizado.

 

Poda de ipês-amarelos provoca reações e impede espetáculo da florada