Economia

Notícia publicada terça-feira 10 fevereiro 2015

Greve de professores deixa 4.800 alunos sem aulas em 14 colégios e escolas estaduais de Palmeira

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O movimento grevista deflagrado na segunda-feira (9) pelos professores da rede estadual de ensino fez com que 14 escolas estaduais no município de Palmeira estejam sem atividades pedagógicas para os cerca de 4.800 alunos já no que deveriam ser os primeiros dias do ano letivo de 2015. Tanto os cinco colégios e escolas localizados na zona urbana como os nove da zona rural estão paralisados e a tendência é de que a situação mantenha-se assim até uma definição do governo do Estado quanto às reivindicações apresentadas pelos grevistas.

A Gazeta de Palmeira fez contato com colégios e escolas da zona urbana e nos quais foi possível obter informações havia funcionamento apenas de serviço administrativos, como nos colégios Dom Alberto Gonçalves e São Judas Tadeu, os dois maiores de Palmeira em número de alunos matriculados. No caso do Colégio Agrícola Getúlio Vargas também estão sendo mantidas normalmente as atividades agropecuárias de produção.

Os professores têm feito reuniões diariamente e alguns têm participado em Curitiba das mobilizações que a categoria realiza em frente ao Palácio Iguaçu e Assembleia Legislativa. Na segunda-feira (9), os professores de Palmeira estiveram nas escolas para explicar a alunos e pais a motivação da greve. À noite, reuniram-se com representantes da APP-Sindicato, quando foram repassadas informações sobre o movimento grevista no estado.

Segundo informações do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Ponta Grossa, a paralisação das atividades atingiu 90% das 114 escolas estaduais dos 11 municípios abrangidos na região, que tem mais de 53 mil alunos matriculados.

Reivindicações

Os professores reivindicam que o governo retire ou que a Assembleia Legislativa rejeite os projetos de lei apresentados pelo governo e que, segundo a categoria, afetarão a carreira dos educadores paranaenses. Ainda, que seja feito o pagamento imediato dos salários em atraso do um terço de férias, do auxílio alimentação e para as escolas conveniadas, como é o caso das APAEs. Também que sejam retomadas as negociações sobre os temas educacionais e a organização escolar e sobre o porte das escolas, com base em dados de dezembro de 2014, reabrindo turmas que foram canceladas

Na reunião entre as representações do Fórum das Entidades Sindicais e do governo do Estado, na manhã de terça-feira (10), na Assembleia Legislativa, o deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), líder do governo, apresentou a proposta de alterar os projetos de lei. Poré, na proposta, o governo não abre mão do projeto que trata da ParanaPrevidência e que permite ao governo o acesso e uso imediato de R$ 8 bilhões do fundo previdenciário dos servidores, cujo objetivo é o pagamento de aposentadorias.

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